A mediunidade é assunto que causa muita curiosidade e muitos questionamentos
Afinal, o que é mediunidade? Quem é médium? Como saber se sou médium?
Caso eu seja médium, o que deveria fazer?
1. O que é mediunidade?
A crença de que algo sobrevive à morte do corpo físico é compartilhada pela grande
maioria das crenças religiosas, assim como a crença na existência de Deus. Se
juntarmos ainda a idéia de que Deus é bom, racionalmente, não haveria motivo para que este
“algo” que sobrevive fosse mantido isolado do “algo” que ainda permanece no corpo físico.
Embora, à primeira vista, pareça uma idéia estranha, seria como se os povos dos diferentes
países não pudessem se comunicar. Dito isto, mediunidade é o mecanismo pelo qual se mantém
a comunicação entre os dois planos da vida, em ouras palavras, é a capacidade de comunicação
entre o plano em que vivem os espíritos encarnados e o plano em que vivem os espíritos desencarnados.
2. Muitas pessoas se assustam quando cogitam de serem médiuns. Mediunidade é doença?
Absolutamente não. Mediunidade não deve ser confundida com doença, pois o doente necessita
de tratamento médico, enquanto que o médium necessita de educação mediúnica. Não obstante,
muitos equívocos ainda ocorrem, médicos diagnosticando a mediunidade como doença assim como,
em Centros Espíritas, diagnosticando doentes como médiuns. O espírito Vianna de Carvalho,
no livro Médiuns e Mediunidade, esclarece que “as formas corretas para distinguir-se um
do outro estado são a observação da própria ocorrência...”
3. Existe preconceito com relação à mediunidade?
A humanidade é muito preconceituosa em geral e o preconceito com relação à mediunidade,
muitas vezes, faz com que o indivíduo que vivencia certos fenômenos não procure auxílio,
creditando que será considerado como louco. Na grande maioria das vezes, com um pouco de
entendimento e empenho, os fenômenos são controlados e a vida corre tranqüilamente.
4. Como posso saber se sou médium? Existe algum sinal?
Em linhas gerais, todos somos médiuns, pois, em algum grau, conscientemente
ou não, estamos em comunicação com o plano espiritual. Isto se deve ao fato de sermos
seres essencialmente espirituais. Contudo, costuma-se denominar de “médiuns” aqueles
que apresentam a faculdade mais ostensivamente. Segundo Kardec, n’O Livro dos Médiuns,
“nenhum indício há pelo qual se reconheça a existência da faculdade mediúnica.
Só a experiência pode revelá-la”. Em outras palavras, somente a ocorrência continuada
de fenômenos espirituais, após o indivíduo estar devidamente harmonizado,
é que se poderá identificar com segurança um médium.
5. O que uma pessoa que esteja passando por este tipo de fenômeno deve fazer?
Em primeiro lugar deveria buscar esclarecimentos com indivíduos mais experientes
no assunto. Contudo, em linhas gerais, a pessoa deverá buscar um Centro Espírita
em conformidade com os ensinamentos contidos na Codificação Kardequiana para assistir
as palestras públicas, ao menos uma vez por semana, onde, além do esclarecimento,
receberá o tratamento dispensado pelos espíritos mentores do trabalho; adotar a
rática do Evangelho no Lar; adotar a leitura do Evangelho Segundo o Espiritismo
diariamente; e o ingresso em cursos espíritas para o devido aprofundamento no assunto.
6. Considerações
A idéia da mediunidade pode ser assustadora de início, porém é um mundo de
descobertas e experiências gratificantes de enorme valor para o desenvolvimento
pessoal. Em suma: é uma benção que não se deve temer ou menosprezar.